Quando subi as escadas para ver o show dos Locodillos no palco Sonkey, já havia uma galera curtindo a primeira música.
Encontrei um canto que me desse vista para o palco e para os movimentos da galera, mas que movimentos? Fui preparada para observar a galera dançando e quando cheguei estavam todos parados, assistindo o show e tomando uma cervejinha tranquilamente. O que tava acontecendo? A música era boa, os meninos tocavam perfeitamente e comecei a meditar o que podia estar errado!
Por um momento, cheguei a pensar que o londrinense fosse tímido e que essa atitude fosse uma coisa típica da região, mas se isso fosse correto eu estaria negando que em outros shows a mesma galera "tímida" pirou! Portanto, a primeira hipótese falhou.
Já na terceira música, senti que o povo tava se soltando, era hora das cabeças e os pés se movimentarem no ritmo da banda que explodia música, invocando as pessoas a se libertarem. E eu refletindo, nem me toquei que meus pés e minhas mãos também acompanhavam o som dos instrumentos perfeitamente encaixados com os gritos invejáveis do vocal. Foi quando caiu a ficha.
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| foto: Renata Cabrera |
As pessoas levam um tempo para se acostumarem com o som, como se fosse uma avaliação "bem, se essa banda for boa o suficiente, eu começo a me mexer" e a constatação vem com os movimentos incontroláveis do nosso corpo que insiste em dançar sem que você perceba.
E então chego a conclusão que a Locodillos foi muito bem, pois nas últimas músicas eu me afastei para poder ver de um ângulo diferente e enxerguei uma galera totalmente diferente da que eu vi quando cheguei, muita gente pulando, se batendo, cantando e curtindo cada acorde transmitido.
Não foi por menos que eles foram os mais votados nas prévias do festival, agora confirmaram que não foi por sorte e nem porque levaram os amigos e a família que os rapazes foram escolhidos para se apresentarem no evento oficial.
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