12/09/2010

Mais primeiras impressões

Como um cara que caiu de pára-quedas na equipe de comunicação colaborativa, me senti em casa nesse quarto dia de prévias (11/09). Como um cara que aprecia música, me senti maravilhado.
Chegar em um ambiente novo sempre causa apreensão: primeira vez no Espaço ALONA e numa equipe colaborativa. E conheci uma família. Muito bem recebido, como se já convivesse com todos há anos. A equipe de vídeo, áudio, fotos e texto. Um colaborando com o outro e, em cinco minutos, já estava à vontade.


De computador ligado e iniciando a cobertura, tive outra impressão positiva: todas as bandas foram prestativas e camaradas. O pessoal conversava numa boa, curtindo o som das outras bandas e literalmente fazendo amizades. Conversamos primeiro com o pessoal do Midnight Sisters, que contou como é a cena musical em São Paulo, o que acharam do festival e a importância de um produtor de renome para o sucesso. Eles contaram também da dificuldade que é fazer música e manter o emprego. Ou manter o emprego pra fazer música.


O pessoal do Flat Black Pack também foi muito camarada, nos deu entrevista na rua e depois na nossa "central de comunicação". Só olhando os caras dá pra citar as influências deles: o chapéu, calças e botas lembram Motörhead e Lynyrd Skynyrd. E não, eles são são apenas mais uma banda de Southern Rock. O guitarrista solo tinha uma presença de palco e uma técnica apurada que como o próprio disse, são influências de guitarristas famosos como Stevie Ray Vaughan.


Teve gente que até veio de Belo Horizonte pra tocar no Demosul. Festenkois, o grupo que mais me chamou atenção, estava visivelmente cansada após o show.  Também, após viajarem 14 horas, não é pra menos. Apesar de cansados, a resposta do público foi muito boa. Infelizmente apenas escutei essa banda, mas deu pra viajar no som influenciado por Smashing Pumpkins e Sonic Youth e aplaudido pelas pessoas que estavam presentes na ALONA. Particularmente achei sensacional ver que eles também influências mais pesadas como Pantera, Slayer e Black Sabbath. Ah, detalhe: tem uma mina que toca baixo e canta!


Figura a parte, Igor Diniz me lembrou muito o Slash, visualmente falando. Com uma camisa do Ramones e um chapéu de pirata, o cara mandou ver no último show da noite, tocando com The Traitors e mandando um punk/rock que incluiu um cover de Teenage Kicks, dos Undertones. Foi difícil ver alguém que não cantava junto. E foi pra fechar com chave de ouro. 


A única coisa que não foi muito legal é que acabei perdendo o show dos caras do Locodillos (que por sinal, falaram que arrasaram). Tive que buscar uns equipamentos em casa e o trânsito de um sábado a noite não colaborou.


E com certeza valeu a pena. Conheci pessoas trabalhando para o Demosul e que tem tudo pra se tornarem parceiras, troquei "figurinhas" com o pessoal das bandas e, acima de tudo, me senti mais apaixonado pelo cenário independente nacional. Me senti em um grande festival com bandas sensacionais. E valeu muito a pena.


Antes de deitar, só pensei em uma coisa: são só as prévias!


Serviço: Hoje tem o último dia de prévias do Demosul na Vila Cultural Espaço Alona. Quem quiser mais informações sobre bandas e locais, clique aqui.

2 comentários:

Fernanda Castello Branco disse...

porque diabos não tem nada postado sobre as bandas do primeiro e segundo dia das prévias?

Luh Braga disse...

Por que o projeto da Corbertura Colaborativa que irá rolar no demo sul ainda não havia começado.

Esses dias das prévias foram um teste para ver como o esquema funcionava, por isso que não tem posts dos 2 primeiros dias.