21/10/2010

A simpática noite de quarta

Uma vinda diretamente das terras do manguebeat; outra de solos poloneses. O que uma noite reunindo dois sons tão distintos poderia render? Antes de acontecer gerou expectativa. Após ter acontecido acabou rendendo uma noite divertida e muito simpática.

O primeiro contato memorável que tive com a banda Mombojó foi em 2007, quando uma matéria publicada na revista VEJA tachava o grupo como os girininhos da banda Los Hermanos. Na época meus barbudos preferidos (sim, eu adoro Los Hermanos, bem como barbudos – mas sou legal e não acho que o Camelo é o Chico Buarque da nova geração) tinham acabado de deixar os fãs órfãos. A matéria falava sobre como as bandas Mombojó, O Teatro Mágico e Móveis Coloniais de Acajú seguiam a mesma linhagem e seriam, num futuro próximo, as novas bandas aclamadas pela galera que curtia o som dos Hermanos.

Parei na matéria. Ainda que o som dos cariocas fosse uma das coisas que mais tocava no meu Winamp na época, o tom debochado da matéria nem deu margens e me aliciou a um aprofundamento no dos pernambucanos. Mas, vejam só vocês, que ironia do destino, três anos após ler a matéria, o Demo Sul me colocou em contato com o som da banda. Mais que isso: me permitiu assistir o show sob a ótica da cobertura colaborativa! Vixe.

Antes de assistir o show, através da pesquisa feita um pouco após receber os releases, descobri mais uma coincidência com os barbudos. Um dos discos da Mombojó (Amigo do Tempo) até usou a mesma tática feita pelos Hermanos no disco Ventura: exilaram-se em uma casa, próxima a natureza e longe do barulho da cidade, e gravaram a base do disco longe de estúdios. Bom, talvez não seja mera coincidência.

Devo dizer que não vejo grandes semelhanças entre as bandas citadas. Ok, a música “Papapá” (que foi tocada no palco do Demo Sul e pareceu ser uma das mais esperadas pelo público) eu até que detectei um viés de “Conversa de botas batidas” dos cariocas, mas, ainda assim, não consegui ver tantas outras coisas.

Em poucas palavras, Mombojó, para mim - que conheço muito pouco, diga-se de passagem - é: um vocal que não obedece a lógica hierárquica de se sobressair aos instrumentos, composições formadas por muitos versos soltos e um “quê” de dadaísmo.
Para quem gosta dessas coisas todas e de uma misturinha de estilos que passam pelo reggae, rock, jazz, samba, surf music, manguebeat e eletrônica, tem seu charme.

Vale dizer que Dudinha e eu tivemos a chance de conversar bastante com os meninos da banda sobre vários assuntos (em principal sobre a intrigante influência dos Hermanos e do manguebeat). Fomos convidadas para cantar parabéns ao tecladista no camarim (com direito a bolo de chocolate, nectarina (ou era pêssego?) e cerveja – tudo devidamente registrado em vídeo que em breve estará aqui!) e acabamos a noite jogando sinuca no Rock Ball.
O bolo, as nectarinas, a cerveja e produtora. Foto: Duda
O suficiente para que os meninos conseguissem mudar aquela impressão que a gente teve quando soube que os caras mal deram “bom dia” para os nossos solícitos amigos colaborativos que ajudaram a carregar as malas dos integrantes da banda no início da manhã. O que posso dizer é que, pelo menos nessa ocasião, os pernambucanos foram simpáticos.

Por fim foi a vez dos polacos do Mitch & Mitch subirem ao palco. Nesse caso, meu primeiro e único contato com a banda foi através do festival (valeu, Marcelão!).
A começar pelo nariz do vocal, já simpatizei (admito: nariz avantajado é o meu ponto fraco!). Mas não foi só o nariz do vocal que provocou simpatia.O show foi incrivelmente bom, a banda se mostrou diferente de tudo o que eu já havia ouvido e visto até o momento. Os caras trouxeram para o palco um som que ia do calmo ao extremo agitado, em variáveis rítmicas que aconteciam dentro de uma mesma música.

E que nariz! Foto: Renata Cabrera
O show teve uma vibração diferente. Talvez tenha relação com a frequente tentativa do nariz simpático em arranhar o português para tentar uma aproximação com o público entre e durante as músicas. Até abandonei meu computador em uma das mesas, peguei um chopp e me dei o direito de aproveitar o show. E aproveitei. Quer dizer, aproveitamos!
Estou para dizer que, como já disse a Isa, foi o Marcelão o que mais curtiu o show (saquem só a alegria do garoto). Mas ele não foi o único. Pelos post's e pela empolgação do galera, tenho o palpite de que talvez esse tenha sido o show que a Cobertura Colaborativa mais curtiu até o momento.

Não sei se o lance de a internet do Sumatra não ter colaborado para a gente abastecer o blog em tempo real contribuiu para a galera, assim como eu, ter desistido dos seu computadores e ir curtir o show direito. Mas que nós estávamos alí em frente o palco, nos pés dos poloneses, a gente tava. Sem a menor intimidação, deslumbrados com a qualidade do show. E para vocês verem que não estou mentindo, dêem só uma olhada nas fotos que seguem: parte da cobertura na tentativa - criada pelo Marcelão - de fazer dois M's com as mãos em homenagem ao nome da banda. Haha

Larga o copo, Mil grau! Foto: Duda
Foto: Duda


Que noite!!

4 comentários:

A. disse...

tão aceitando carteirinha de cursinho pra entrar nos shows?

Renata Cabrera disse...

Opa. Estudante pow rsrsrs Só que tem de comprar com antecedência "A." Na hora só rola ingressos inteiro. Valeu?!

Renata Cabrera disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tatiana Ribeiro disse...

Larga o copo, Mil grau

zaashasassasahuashuashusahuas
assahuasuashhasusahusa
shuasuhsauhas


a legenda tá mto boa!